sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Dudu, Guerra, pressão... Veja o que Eduardo Baptista espera do Palmeiras

Técnico estuda atuações do Verdão no Brasileiro e já tem ideia de como montar a equipe para 2017: "O Cuca já vinha com um conceito, eu vou agregar coisas boas"

Eduardo Baptista causou uma boa impressão em sua primeira entrevista coletiva como técnico do Palmeiras. Se antes a figura do profissional de 46 anos passava certa insegurança à frente do atual campeão brasileiro, principalmente em virtude da pouca experiência em grandes clubes, o treinador começa a demonstrar que sabe exatamente como trabalhar o Verdão para as disputas do Paulistão e da Libertadores.
Estudioso, Eduardo teve um mês de dezembro bastante movimentado. Acertado com o Verdão desde antes da última rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador, já desligado da Ponte Preta, aproveitou para acompanhar vídeos dos 38 jogos do time de Cuca no Brasileirão. E também três partidas do Paulistão, quando o time vivia fase irregular. Para facilitar uma análise tática, o departamento de análise de desempenho disponibilizou esse material ao treinador.
– Procuro ser o mais justo possível. Mostro para os atletas diariamente que eles são estudados. É ter justiça e ser honesto. Respeitar os atletas, esperar o respeito de volta. Os atletas entendem isso. Se eles entenderam que, pelo comando, vai jogar quem estiver melhor, o respeito é natural. O Cuca conseguiu isso – acrescentou.
As ideias de jogo para o Palmeiras de 2017 já estão na cabeça de Eduardo Baptista. Tudo só deve começar a ser colocado em prática em duas semanas – a reapresentação do elenco será no dia 10, mas a primeira parte da pré-temporada será dedicada quase que totalmente para trabalhos físicos.
Depois de um bate-papo com Cuca, com quem conversou sobre a sucessão de trabalho no Palmeiras, o novo treinador tem a intenção de iniciar o seu trabalho aproveitando o que o time mostrou de melhor durante a campanha no Brasileirão: a intensidade e versatilidade no meio, com boa saída de jogo.
– Talvez essa seja uma das principais armas que o Cuca teve: um time extremamente aguerrido, que pressiona a bola. A agressividade de marcar em cima foi a mesma em casa e fora. Mesmo em alguns jogos em que não estavam tecnicamente bem, e é natural que um dia isso não aconteça, eles superaram com briga – disse Eduardo Baptista.
"Essa pressão do Cuca é muito boa, gosto dela. Vamos agregar a um jogo com saída de bola. Tentar chegar com muitos homens ao gol"
– Pego o Palmeiras com meias, com volantes que jogam. Lógico que a marcação é importante, temos que ter agressividade, mas gosto de homens de meio, não falo volantes. Tem que marcar, mas principalmente jogar. Essa pressão do Cuca é muito boa, gosto dela. Vamos agregar a um jogo com saída de bola. Tentar chegar com muitos homens ao gol – completou.
Com Moisés e Tchê Tchê como destaques na campanha do título brasileiro, o Palmeiras foi ao mercado e já trouxe cinco jogadores para o setor de meio-campo. Felipe Melo está chegando como opção de proteção aos zagueiros, enquanto Michel Bastos é uma possibilidade na formação pelo lado direito do ataque. Hyoran e Raphael Veiga são apostas para o futuro, situação totalmente oposta a vivida pelo venezuelano Alejandro Guerra, eleito o melhor jogador da última edição da Libertadores.
– O Guerra surpreende a cada jogo. No Mundial, ele aparece como falso 9. Joga fazendo a ponta do triângulo, como segundo volante. É jogador versátil. De início, ele vai jogar onde está mais adaptado, como terceiro homem de meio. Como meia com a bola e volante sem a bola. Mas você pode usar em diversas funções. É um jogador versátil – explicou o treinador.
Capitão do Palmeiras na ausência de Fernando Prass, Dudu foi um dos principais símbolos da conquista do Brasileirão do ano passado. Peça de variação tática desde 2015, quando Marcelo Oliveira comandou a equipe alviverde na conquista da Copa do Brasil, o camisa 7 já atuou como referência, centralizado e pelo lado de campo.
Líder do elenco palmeirense, o atleta continuará com papel de destaque no novo Verdão.
– O Dudu é versátil, moderno. Joga como extrema pelo lado, como meia pelo lado, centralizado. Acabou bem fazendo função pelo lado. No começo de trabalho, acredito ser importante manter o posicionamento. Usar cada um na sua função. Com o tempo, com os jogadores me conhecendo, ir fazendo algumas adaptações. Vejo o Dudu como terceiro homem de meio – declarou o técnico.
O Palmeiras estreia na temporada de 2017 no dia 21, em amistoso contra a Chapecoense, na Arena Condá. O primeiro compromisso da equipe no Paulistão está marcado para o dia 5 de fevereiro, na arena alviverde, contra o Botafogo de Ribeirão Preto

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